terça-feira, 14 de novembro de 2017

Já cozi o bacalhau

Já cozi o bacalhau

Em tempos, embora contrariado, convivi com um individuo que, além de padecer de falta de bom-senso, gostava de dizer coisas. Tal criatura, entre um vasto rol de alarvidades proferia, amiúdas vezes, algo do género: “Ná deixes para amanhã o que podes fazer hoje e, se a queres bem-feita fázia tu”. Pois bem, deixando de parte os pontapés na gramática, vejo-me agora obrigado a concordar com tal afirmação!
Por esse motivo, hoje não estive de modas e, sem perder mais tempo, abotei eu próprio o bacalhau da consoada na panela e cozi-o! Teve que ser! Ao que parece está por ai a rebentar o Natal! À pois é! Prenúncio disso é, por exemplo, o ímpar acontecimento em que ontem tive o desprazer de estar envolvido dentro de uma superfície comercial… A chegada do Pai Natal! Pois nem mais, não bastavam já os enfeites e os sininhos a tocar, apareceu-me pela frente um pelotão de Peter Pan´s, liderados pelo barrigudo com indumentária à clube da segunda circular.
Aqui, antes de mais, fará talvez sentido fazer um pequeno parêntesis, uma vez que poucos são os acontecimentos situados ao nível da “Chegada do Pai Natal”. Provavelmente, apenas e só, uma espécie de ajuntamento designado “Web Summit”, roçará tal palermice. Notem que, pese embora a comitiva de boas-vindas ao Pai Natal, inclua indivíduos com gosto duvidoso, nomeadamente ao nível da farpela e, estes não terem por tradição realizar jantares em jazigos, são ainda assim bastante robustas as semelhanças entre os dois eventos, senão vejam:

Em ambos os casos, os convivas acreditam no Pai Natal!

Todavia, na recepção ao Pai Natal, os intervenientes são maioritariamente crianças e não pagam bilhete!
Mas bom, esquecendo lá a questão do repasto na companhia do Vasco da Gama, Eusébio e restantes ilustres finados, existe, contudo, uma questão pertinente relativamente ao Pai Natal… Será normal o tipo dar à costa no início de Novembro? Mas então, o Natal não é só no final de Dezembro? Calhando não! Afinal de contas, até já teve lugar a tradicional peregrinação ao brinquedo com 50% de desconto em talão! A oferta foi tão variada que inclusive incluiu carros de bombeiros com vulgaríssimas tripulações compostas por Pais Natal de chocolate! Seja como for, é altamente lógico comprar presentes de natal com dois meses de avanço…

Olha que se lixe! Pelo sim, pelo não, eu cá já cozi o bacalhau e comprei o cabrito para a Páscoa!

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Podia ser pior...

Podia ser pior…

Desenganem-se os mais sépticos, que não acreditam no juízo final e consequentemente, na ressurreição dos mortos.

“Juízo Final- julgamento final e eterno feito por Deus sobre todas as nações, incluindo a Benfiquista. Este momento terá lugar depois da ressurreição dos mortos e da Segunda vinda de Cristo (Apocalipse 20:12-15)”.

Em relação ao julgamento das nações, o processo está, para já, embargado. Ao que parece, umas escutas quase ilegais, caixas de robalos sem robalos, e-mails não-sei-quê e outras geringonças do género, estão a emperrar a coisa numa pequena província de Espanha.
No que toca à segunda vinda de Cristo, a coisa já está alinhavada, faltando só encontrar um espaçoso T3, daqueles com 70 m2 e vistas desafogadas para as marquises dos prédios ao lado. A questão só ainda não está resolvida devido a uma disputa imobiliária com uma acordeonista, uma tal de Madona.
Relativamente à ressurreição dos mortos, o processo foi iniciado, encontrando-se em fase de testes no Camboja. A metodologia utilizada para reanimar finados precisa, contudo, de algumas afinações, nomeadamente ao nível do funcionamento. Prova disso mesmo, é a seguinte notícia publicada num jornal nacional de referência. Ou então não!


A ex-viúva garante que o comportamento do bezerro é exactamente igual ao do ex-finado marido. À partida, tal semelhança de conduta parece em nada abonar a favor do falecido. Contudo, fazendo uma análise mais aprofundada do binómio falecido-bezerro, provavelmente, concluir-se-á que quem sai verdadeiramente lesado com tal comparação é o bezerro! Senão vejamos.
Para começar, o falecido, de sua graça Sabino Maria, foi parar ao Camboja depois de entrar à socapa num navio porta-contentores, convencido que era o cacilheiro para a Trafaria. Apesar de estranhar o tempo de viagem e o destino, o seu sentido de orientação, situado ao nível do exibido pelo Cristóvão Colombo, aliado à sua infindável imbecilidade, permitiu ao Sabino concluir que estava no entreposto chinês de Vila do Conde. Por outro lado, tal paralelismo entre comportamentos acaba também por enxovalhar o bezerro, na medida em que o Sabino era um ser tão, vá-la, inútil, que nem para bifes prestava. Já o bezerro…

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Ti Lepoldo

Ti Lepoldo

Na minha infância, passada na Beira Baixa, ocupava grande parte do meu tempo a acompanhar o Sr. Leopoldo nas suas tarefas na agricultura. Recordo com saudade esses tempos em que andávamos nos campos, lá pelo Bairro do Disco, enquanto traulitávamos uma música da qual somente retenho o nome, A Laranjinha. Note-se que apesar de ter uma irmã, bastante mais idosa, que de resto ainda o é hoje, eu acompanhava o Leopoldo, para, vá-la, lhe dar folga.
O Sr. Leopoldo, carinhosamente tratado por todos por Ti Lepoldo, recebeu em determinada altura na sua exploração agrícola, uma visita dos indivíduos da ASAE . Em jeito de homenagem às minhas origens, o ocorrido vai ser relatado utilizando termos linguísticos tipicamente utilizados por essa altura na minha região. Vá dai, muitos de vós, precisareis de recorrer a um Beirão mais idoso, tipo a minha irmã, para arranjar sinónimos para alguns dos termos.

De madrugada, tocaram à porta. O Lepoldo, estremunhado e meio encarrapato, assomou ao postigo. À beira da porta estava uma cachopa novita, mas asadinha, e um home amode mal-enjorcado. Botou à pressa uma camisola de abafo e foi abrir a porta. Com as pressas, não fechou a portinhola das calças e deu com uma canela na quina da porta. Eram da ASAE e queriam ver a fazenda e o vivo. O Lepoldo mandou-os entrar e deu-se a seguinte conversa:
[Lepoldo] Vou só comer esta malga de sopas e já lá vamos. Atão, vossemecês não querem boer um tinto e comer uma talhada de quejo queimoso. Não tenhais nonjo, tá tudo limpinho.
[ASAE] Não obrigado, já comemos!
[Lepoldo] Se quiserdes, tamém tenho umas regotas com ovo ali na sertã!
[ASAE] ??? Não obrigado, só queremos ver a sua exploração agrícola.
[Lepoldo] Mas olhem que anteonte choveu como quem na entornava…. até caiu uma pancada de pedrisco, tá tudo um lapacheiro. E a vintaneira que faz hoje… Nesses trajes, vós ides arreganhar!
[ASAE] ???
[Lepoldo] Vou botar o garruço e umas polainas e osdepois vamos lá! Impeçamos pelo bácaro que a furda é pertelinho.
[ASAE] ???
[Lepoldo] Cá tá ele! A vienda é só hortaliças, nada de farinhas. Todos os dias lambe a pia de cabulo!
[ASAE] ??? Ah! O bácaro é um porco! Tem o boletim sanitário do animal em dia?
[Lepoldo] Vossemecê está a mangar comigo? Sanitário? Pra quê? Ele caga sempre ali ó pé da pia!
[ASAE] ??? Então para que serve o arame que ele tem no nariz?
[Lepoldo] É o arganel, o alma-do-diabo andava sempre a fossar!
[ASAE] ??? Então e que mais animais tem?
[Lepoldo] Atão, tenho uma dúzia de pitos, oito pitas, seis pedrezes poedeiras, dez marrecos, quatro coelhos e umas cabritas.
[ASAE] Onde estão esses animais?
[Lepoldo] Uns estão no bardo outros no curral. Os marrecos, esses andam à larga.
[ASAE] Vamos então ver as cabras.
[Lepoldo] Cá tão elas, a estrela e a mocha!
[ASAE] Mas está ali outra ao canto… e não deve dar muito leite, pois não? As tetas dela são muito pequenas.
[Lepoldo] Lete? O que tá acapaçado ali na quina é o chibo! Aquilo não é o amojo, são as miudezas!
[ASAE] ??? Posso vê-lo de perto?
[Lepoldo] Atão não pode! Mas olhe que ele aventa consigo!
[ASAE] ???
[Lepoldo] Esteja mas é quêdo! Fuja daí!
[ASAE] ??? Ai! Ai! Ajudem!
[Lepoldo] Catrino, mas que lapada vossemecê levou nas nalgas! Ele é amode esparvoado!
[ASAE] Está tudo bem! Vamos mas é ver a horta.
[Lepoldo] Atão mas a mancar tanto e com esse lanho na mão, assente-se mas é ai nesse tropeço?
[ASAE] ??? Deixe, já passou! Vamos ver a horta.
[Lepoldo] Cá tá ela! Tenho verduras, umas batatitas, sabolas e uns gachitos para fazer a pinga!
[ASAE] ??? Sabolas… onde estão?
[Lepoldo] Estão ali naquele combro, não as enxergam?
[ASAE] ??? Ah, são cebolas! Então e utiliza bombas eléctricas na rega?
[Lepoldo] Ná gasto luz da hidro. Para augar a horta tenho o Pachancho a pitrol.
[ASAE] ??? Então e químicos, utiliza?
[Lepoldo] Só para a barboleta da batata e para as sapatas das couves!
[ASAE] Então e onde guarda os químicos?
[Lepoldo] Tão além no palheiro dentro duma saca plástica atada com uma baraça.
[ASAE] Podemos ver a sua licença para a aplicação dos químicos?
[Lepoldo] Lecença? Arre porra, ná bonda já ter que mercar os remédios!
[ASAE] ??? Vende alguns dos seus produtos?
[Lepoldo] Poi atão, umas verduras e uns chibitos, mas tudo à manha.
[ASAE] ??? À manha? Quer isso dizer que não tem licença para vender os produtos?
[Lepoldo] Poi atão! Tou a ver que vossemecê nem que chegue aos 100 anos se faz home!
[ASAE] ??? Bom, vamos ter que o autuar por venda ilegal de carne e por não possuir licença para aplicação de produtos químicos.
[Lepoldo] Ora esta! É só arrelias!
[ASAE] ??? Quer isso dizer que está então esclarecido?
[Lepoldo] Tá… tá! Botai-vos mas é daqui pra fora, senão levais com este tanganho nas ventas. 

domingo, 20 de agosto de 2017

Não nasceu... apareceu!

Não nasceu…apareceu!

Por andar um bocado para o desconsolado, pensei em ir a uma Summer Set na praia das derrocadas. Contudo como aquilo metia música, farra e mais não sei quê, achei por bem botar-me a algo mais divertido para animar o espírito. Sem estar de modas, comecei a ler a teoria do Big Bang, ou seja, da criação do universo. A escolha não poderia ser mais acertada, foi um fartote! Foi uma barrigada de rir a ler as leis da Mecânica Quântica! Ainda assim, quis abordar o tema de um ponto de vista mais lógico e credível. Vai daí, virei-me para o Livro de Gênesis, onde aí sim, a invenção do universo surge bem esplanada, de forma muito concisa e bastante fiável!
Resumidamente, segundo o referido tratado, no início “Os céus literais e a terra são criados Gênesis 1:1” e “A terra está vazia e escura Gênesis 1:2”. Posto isto, é de pronto lançada a concurso a empreitada para a criação do mundo. Devido à complexidade e aos meios envolvidos nos trabalhos, a concurso apenas se apresentou Deus, pelo que a obra lhe foi justamente adjudicada. Após orçamentada e conseguidas as respectivas licenças (vulgo, alvará), deu-se início à obra, cuja duração prevista era de seis dias. Inicialmente, eram para ser sete, estando o lançamento da primeira pedra previsto para uma segunda-feira, logo pela fresquinha. Todavia, como o Domingo é dia de caça, ficou acordado trabalhar por turnos para poupar um dia.
Relativamente à evolução dos trabalhos, esta decorreu dentro dos prazos e praticamente sem derrapagens orçamentais. Apenas num sector rectangular situado a norte de Africa e encostado a Espanha, existiram alguns inexplicáveis resvalos e, vá-la, desvios. Na época, para apurar os factos, foram de imediato constituídas três comissões parlamentares e outras quatro por personalidades independentes, cujas conclusões se aguardam para breve.
Mas continuando, não mais importante que as restantes tarefas, a mais significativa ocorreu ao sexto dia. Aí os animais terrestres foram criados, tanto os grandes como os pequenos e, incluiu a obra-prima da criação física de Deus: o primeiro casal humano, Adão e Eva - Gênesis 1:24-31. Adão terá sido criado a partir da terra à imagem e semelhança de Deus para domínio sobre a criação terrestre, onde assinale-se, se incluí a Eva. Eva, sua mulher, também foi criada directamente por Deus da costela de Adão. Ambos foram colocados no Jardim do Éden para ali viverem e encherem a Terra com seus descendentes.
Nos primeiros tempos, tudo correu pelo melhor, durante a semana cumpriam-se as rotinas normais de qualquer casal vestido com folhas de parreira e ao fim de semana, só não iam almoçar a casa dos sogros, simplesmente porque não os tinham!
Contudo, as primeiras dificuldades acabariam por surgir quando uma vulgaríssima serpente falante oferece uma maçã a Eva. Ao que parece, a tagarela da serpente, ao fazer-se passar por consultora, nomeadamente ao nível da nutrição, impingiu à bela da loira Eva, que a dita maçã a faria perder 20Kg em 3 dias, sem esforço físico nem dietas maradas.
O problema nem foi tanto o preço do milagroso fruto, a questão fulcral era que o consumo da maçã estava proibido, uma vez que a macieira tinha sido sulfatada na semana anterior para afoguentar os piolhos. Depois da bucha a meio da manhã, Eva e Adão terão comido o fruto proibido da árvore da ciência (designação utilizada na época para a macieira) e, de imediato, tiveram a noção de que andavam nus. Por esse motivo, saltaram para dentro de um silvado ao notar a presença de mirones no Jardim do Éden. Notar que do anterior é possível concluir que a maçã além de potenciar o equilíbrio corporal, é também terapia de choque para distúrbios oculares e de escolha de refúgio!
Mas bom, à pala de não respeitar a posologia da mesinha para os piolhos da macieira, Deus expulsou-os do jardim do Éden e deu-lhes roupas provenientes de pele animal. Como se a situação não fosse já suficiente má, aparece por lá um ajuntamento de ecologistas que os entalou com uma valente multa, isto por usarem roupas produzidas com peles naturais. Ainda assim, a Eva lá conseguiu negociar o pagamento da multa em amenas prestações, pedido que foi imediatamente deferido dada a longevidade prevista para Adão (Segundo o Gênesis 5:5, Adão terá vivido 930 anos, alcançando até Lameque, pai de Noé, a oitava geração de sua descendência).

E é isto, simples e sem rodeios! Teorias como o Big bang, Inflacionária, do Estado Estacionário, do Universo Oscilante e não sei mais o quê, são só tretas para confundir! Afinal tudo fica irrefutavelmente explicado através de uma simples teoria que implica uma loira que não nasceu, apenas apareceu devido ao entrecosto de um individuo que viveu 930 anos, uma serpente falante e uma maçã!

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Parvonix

Parvonix

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

PARVONIX®, 500 mg Supositórios



Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento
- Conserve este folheto. Pode ser necessário para acender o fogareiro.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu primo.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros mesmo que apresentem os mesmos sintomas, sempre que possível venda-o.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer outros efeitos não mencionados neste folheto, não seja lamechas, mantenha o máximo sigilo.

Neste folheto:
1. O que é Parvonix e para que é utilizado
2. Antes de tomar Parvonix.
3. Como tomar Parvonix
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Parvonix
6. Outras informações

1. O QUE É PARVONIX® E PARA QUE É UTILZADO
Grupo fármacoterapêutico: 11.1.6 Imbecilofármacos. Medicação anti-parvoíce.
O Parvonix é um estimulante mental, indicado em terapêuticas da palermice crónica e imbecilidade aguda de todo o tipo.

2. ANTES DE TOMAR PARVONIX®
Parvonix supositórios está contra-indicado nos seguintes casos: Hipersensibilidade à prudência. Suficiência ponderativa grave. Síndrome de inteligência.
Imprudências particulares de utilização
A administração de Parvonix deve ser feita sem precaução e sem vigilância clínica. A administração concomitante com tranquilizantes, hipnóticos, analgésicos e anestésicos, apenas resulta ligeiramente tóxica.
Utilização em caso de gravidez e aleitamento
Se o parvonix for prescrito a uma mulher em idade fértil, esta deve ser avisada para contactar o seu médico no sentido de descontinuar a terapêutica se tiver a intenção de engravidar ou se após a leitura da revista Maria suspeitar que está grávida.
Efeitos na capacidade de condução e utilização de máquinas
Promove sedação, amnésia, dificuldades da concentração, perdas de visão e alteração da função muscular, factos que em nada afectam a capacidade de conduzir ou de utilizar máquinas.
Excipientes cuja presença seja necessário conhecer
O Parvonix contêm etanol, se foi informado pelo seu taberneiro que tem intolerância a alguns vinhos, contacte-o antes de tomar este medicamento.

3. COMO TOMAR PARVONIX®
Posologia e modo de administração
Evitar o médico e praticar auto-prescrição. Em média, aconselha-se a seguinte posologia: 3 a 4 mega supositórios por dia. No caso de o paciente aferir o tamanho do supositório, poderá na administração ser necessário força bruta.
O tratamento apenas deverá terminar aquando da ausência de qualquer indício de parvoíce. Tipicamente o tratamento é longo e apenas resulta eficaz após o finar do paciente.
Sobredosagem
No tratamento destas situações deve ter-se em conta que múltiplos fármacos podem ter sido ingeridos. No caso da introdução acidental, por exemplo devido a repetidas quedas à rectaguarda sobre a embalagem, os sinais de sobredosagem manifestam-se por confusão mental, podendo evoluir até uma situação de sensatez temporária, dependendo da quantidade introduzida.
O doente deve ser imediatamente transportado a uma unidade hospitalar para tratamento adequado: lavagem cerebral.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS
O Parvonix tem o potencial de aumentar a acção clínica dos destilados e dos narcóticos fumáveis, sendo a sua associação feita e controlada segundo critérios previamente estabelecidos pelo próprio. Estes fenómenos ocorrem predominantemente no início da terapêutica e em geral nunca desaparecem com a continuação do tratamento. São mais comuns na adolescência e no caso de imbecis encartados.
O uso, mesmo em doses terapêuticas, pode conduzir ao desenvolvimento de dependência física: a interrupção da terapêutica pode dar origem à síndrome de abstinência ou ao fenómeno de rebound, ou seja, retorno e aumento exponencial da palermice.
Informe o seu cangalheiro no caso de quaisquer efeitos indesejáveis não mencionados neste folheto

5. COMO CONSERVAR PARVONIX®
Conservar a temperatura negativa de menos 50ºC, ao alcance e vista das crianças. Pode ser utilizado após o prazo de validade, apenas para diversão. Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Procure a melhor forma de ganhar algum com a sua venda.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES
A substância activa é a Imbecilolix. Um supositório contém 500 mg de Imbecilolix. Os outros componentes são o etanol, a creolina e a aguarás.
Parvonix apresenta-se na forma farmacêutica de supositórios, acondicionados em tubos de PVC de 60 mm, em embalagens de 20 ou 40 unidades.

Titular da Autorização de Fabrico e de Introdução no Mercado:
Supositórios Vicente SA
Rua da Indústria,
Zona não há quem os aguente
0000-000 Entalados


Este folheto foi aprovado pela última vez em 31 de Fevereiro de 1912.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Tenham caridade

Tenham caridade

Caríssimas e baratíssimos leitores, decidi participar no concurso Blog do Ano. Inicialmente, era para ser às eleições Autárquicas. O instituto seria promover o emprego, nomeadamente ao nível da função pública. Todavia, como a família é reduzida e os amigos, como será de prever, são ainda mais escassos, acaba por não se justificar esse acto patriótico.
No que respeita ao concurso Blog do Ano, dado o completo despropósito do conteúdo do Calhando era de evitar, o objectivo da candidatura é, va-lá, fustigar o júri com escrita absurda e parva. Neste contexto, pedia-vos que acedam ao referido pasquim e se tornem seguidores (botão em baixo do lado direito). Sei que seria menos doloroso dar com um martelo de orelhas num pé, ainda assim, como é um dos critérios de avaliação, se puderem façam-no, mesmo que seja por caridade!

Obrigado!

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Tantas mulheres pelo mundo...

Tantas mulheres pelo mundo...

Hoje, revela-se aqui um verdadeiro hino ao amor. A balada de que se fala, atira para a mais pura das insignificâncias, essas tretas cantadas por criaturas tipo, James Blunt, Roberto Carlos, Júlio Iglésias, Billy Idol, Onda Choc, etc. Qual, You're beautiful, O calhambeque ou My love is your love, qual quê! O mais penetrante romantismo de que vos falo está escarrapachado no tema intitulado: Tantas mulheres pelo mundo, parte integrante da, não menos que, fantástica cassete intitulada, conjuntos típicos. Infelizmente, os artistas que imortalizaram este tema são até hoje mantidos no anonimato, dado o elevado risco de perseguição por parte da legião estrangeira de fans, nomeadamente a de guerra.
Na interpretação desta obra-prima, além do trovador, surge volta e meia um indivíduo que arremessa umas larachas que, para além de construtivas, são altamente encorajadoras. Exemplos disso são afirmações do calibre: “E agora vais aturá-la!” ou “Tivesse-la matado homem!”.
No que diz respeito à restante letra, esta não se centra nas triviais e habituais lamechices, antes pelo contrário, apoia-se em temas fracturantes como o vinho, a terapêutica da pancada e a rojoada. Além disso, junta ainda alguma paródia, como por exemplo, no excerto em que com a administração de uma pancada o coração se apaga, mas depois, afinal era só a fingir! Muito bom mesmo!
Antes de passar ao justo registo imortalizador da letra é, de todo, inevitável não tecer algumas considerações acerca do refrão: “Tantas mulheres pelo mundo e o inferno sem ninguém, se morressem parte delas davam as almas um vintém!”. Simplesmente soberbo! Reparem, numa singela frase, consegue juntar mulheres, o mundo terreno, o purgatório, a insignificância da existência humana e, ainda, economia.
Numa primeira e, talvez, também em segunda e terceira análise, o refrão possa parecer absurdo e, vá lá, machista! Mas não, através de uma análise mais cuidada, podemos concluir o objectivo é retratar o santo matrimónio! Ou seja, a primeira parte alude para a necessidade de escolher uma mulher entre muitas, ou seja, monogamia. Depois, refere-se à herdade do mafarrico para mostrar o que espera ao homem depois de consumada a boda. Finalmente o trecho “se morressem parte delas…”, pois é, a questão é que o homem normalmente bate-a-bota primeiro, depois de uma vida passada com tostões no bolso!
Posto isto, avancemos, sem medos, para a degustação da inspiradora letra de Tantas mulheres pelo mundo.

Sentadinho à lareira,
com uma grande borracheira,
dizia para mim sozinho:
Isso é o costume!
Vou deixar a minha mulher,
isso mesmo é o que ela quer,
vou deixar de beber vinho!
Não deixes!
Lá andei a sair de casa,
tontinho como estava,
sem saber o que dizia.
Isso era vinho!
Ofereci-lhe pancada,
berrava em altos gritos,
mas a mulher não saía!

Tantas mulheres pelo mundo e o inferno sem ninguém, se morressem parte delas davam as almas um vintém!

Tinha as panelas ao lume,
a cozer rojoada,
devia ser com certeza!
É gulosa!
Eu ia para rapar tudo,
mas ela deitou-me a luva,
saiu-me bastante tesa!
Que vergonha!
Ia a pegar na vassoura,
para me defender dela,
senão estava engolido!
Ai estavas, estavas!
Ao dar um jeito caí,
ela por cima de mim,
estava tudo perdido!

Tantas mulheres pelo mundo e o inferno sem ninguém, se morressem parte delas davam as almas um vintém!

E estava a ver a maneira,
como havia de sair debaixo do poleirão,
Isso era fácil!
dei-lhe uma forte pancada,
que ficou atrapalhada,
e parou-lhe o coração.
Lindo serviço!
Pus-me a dar a dar,
a ver se ele pegava,
e cheio de compaixão.
Isso era manha!
De repente abriu os olhos,
e então num sorriso… olá brincalhão!
Eu não te dizia que isso era manha, estás a ver!
Pois era pá!
E agora vais aturá-la!
Que remédio!
Tivesse-la matado homem!
Isso é que eu fazia bem!

Tantas mulheres pelo mundo e o inferno sem ninguém, se morressem parte delas davam as almas um vintém!

E pronto, ide lá em paz limpar as lágrimas, afinal o amor é lindo!

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Patada hídrica

Patada hídrica

Um destes dias, a seguir ao terço, escutei na telefonia uma entrevista dada pelo Dr. Rasteiro Pedal, presidente do Grupo Ecologista os Verde Tinto, à Rádio Latrina. A dita conversa, por sinal muito jeitosa, centrou-se no consumo de água em Portugal.
Ao que parece, cada português consome em média 52 metros cúbicos de água por ano. Todavia, se considerarmos o indicador que expressa o consumo de água envolvido na produção dos bens e serviços que consumimos, designado pegada hídrica, a cada português são atribuídos 2260 metros cúbicos de água por ano, ou seja, aproximadamente 6192 litros por dia! Importa também referir que esta mesma pegada, associada à produção de ração para um cão de médio porte, equivale à quantidade de água despendida na produção de um SUV (Sport Utility Vehicle). Ou seja, para sustentar o binómio homem – cão, é preciso uma carrada de água e um veículo utilitário desportivo!
Na origem de tão descomunal consumo parece estar que, por exemplo, para produzir um quilograma de carne de vaca sejam necessários 15500 litros, para umas calças de ganga 6000 litros, para um quilograma de açúcar 1500 litros, para uma camisola 2900 litros e 110 litros no caso de um copo de vinho. Curiosamente para fazer 1 litro de água, apenas são necessários 1000 ml da mesma!
Se levarmos em linha de conta o preço do quilo da carne de vaca e que o ordenado na maioria dos casos, não permite comprar vestuário por atacado, ficam logo descartados uma porrada de litros de água por dia! Assim, num caso mais modesto, se por exemplo for consumida uma galinha por dia que, comparativamente com a vaca, deve sair ai por uns 500 litros de água, mais uns 1000 litros para umas batatitas e 200 litros para um par de torradas, o consumo per capita situa-se nos 1700 litros, ou seja, apresenta uma folga de 4492 litros, relativamente ao valor médio de 6192 litros por dia. Esta folga, ainda que seja superiormente utilizada no consumo de vinho, jamais poderá justificar o real consumo de água.
No que respeita ao vinho, cabe aqui fazer um parêntesis. O consumo de vinho per capita é da ordem dos 42 litros anuais, ocupando assim Portugal uma honrosa sexta posição a nível mundial. Note-se que a malta do Vaticano, que ocupa a primeira posição, despacha em média mais 10 litros que os Tugas! Mas bom, se considerarmos que um copo leva 0.33 cl, para fazer 1 litro de vinho precisamos de aproximadamente de 330 litros de água. Ora, se a população for de 11 milhões e o consumo médio de 42 litros de vinho por ano, em água corresponderá a 13860 litros, ou seja, 38 litros por dia. Notar que esses 38 litros apenas correspondem a 0.61% do total da pegada hídrica de cada Tuga! Resumindo, pode afirmar-se de forma categórica que o consumo de vinho em pouco ou nada contribui para a avultada pegada hídrica.
Onde será então consumida a restante água? Segundo dados do PNUEA (não faço a mínima ideia do que significa a sigla), o consumo de água em Portugal divide-se pelos três sectores pré-identificados da seguinte forma: sector agrícola (87%), sector industrial (8%) e sector urbano (5%). Ou seja, o grande responsável pelo descalabro no consumo de água é a agricultura!
Neste contexto, resulta claro que medidas urgentes no sector agrícola são indispensáveis para controlar o consumo de água. Além disso, são igualmente úteis outros gestos básicos como sejam, por exemplo, trocar o cão SUV por um papa-reformas, consumir bebidas destiladas sem diluição ou tomar banho apenas trimestralmente, isto caso o aroma o justifique.
Em particular, no sector agrícola, deverá cessar imediatamente todo e qualquer tipo de cultura, seja ela de cultivo ou de nascimento espontâneo. Além disso, deverá ser concedida absoluta permissão para a arte de aplicar fogachadas em todas as espécies da fauna, incluindo gambozinos. Estarão agora a pensar… mas isso não será uma utopia? Afinal, assim não restaria nada para comer! Descansem, não só é possível, como já se encontra em marcha um projecto-piloto nesse sentido, tal como noticiado no Correio da manhã em 5/06/2017.

Casal com dois filhos come apenas três vezes por semana
 
Camila e o marido dizem alimentar-se pela "energia do universo". Casal diz não sentir fome. Um casal que vive entre a Califórnia e o Equador come apenas três vezes por semana e diz ser alimentado pela "energia que existe no universo". Akahi Ricardo, de 36 anos, e Camila Castello, de 34, têm dois filhos e afirmam que sobrevivem a comer caldo de vegetais ou uma fruta três vezes por semana. O casal diz ter esquecido a fome. "Os seres humanos podem facilmente estar sem comida, desde que estejam conectados à energia que existe em todas as coisas e através da respiração", afirma Camila ao Daily Mail.
A mulher diz sentir-se mais saudável e mais feliz. O casal dá cursos de como viver sem comer e com a energia do universo. "Os nossos custos de vida são menores e isso permitiu que gastássemos o nosso dinheiro em coisas que realmente importam como viajar", afirmou Akahi Ricardo. Camila e o marido conheceram-se em 2005 e casaram três anos depois. Foi na América do Sul, em 2008, que descobriram esta nova forma de sobreviver. Eram vegetarianos e mudaram a dieta para a ingestão de frutas, apenas. Depois estiveram vários dias a consumir apenas "ar" e água em pouca quantidade. Agora, Camila refere que come porque tem de comer, não porque está com fome. "Não me lembro dessa sensação", conta.

Lá está, “Casal com dois filhos come apenas três vezes por semana… alimentados pela energia do universo… esquecer a fome… dar cursos de como viver sem comer… consumir apenas ar e água em pouca quantidade…”. Estes tipos são no mínimo uns visionários… Ora vejam! Além de comerem só três vezes por semana, a sua dieta baseia-se em energia, ar e muito pouca água. Mais, esquecem a fome e ainda ensinam como fazê-lo!

Estes iluminados além de espalhar o horror no seio da indústria dos produtos milagrosos para dietas, provavelmente serão agraciados com um par de semanas de férias clinicas. Calhando... em vez de visionários, são só parvos!

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Ensaio sobre o machismo

Ensaio sobre o machismo

No seguinte é sintetizado o essencial da intervenção proferida pelo professor Fuzil, reconhecido especialista em comportamento humano e também em cozidos à portuguesa, por ocasião da sua participação na conferência intitulada: “O Machismo, feminismo e pataniscas de bacalhau”.

O Professor Fuzil encetou a sua intervenção lançando as seguintes questões: Mas afinal o que é ser machista? Somente os homens que pensam de forma semelhante a uma mulher não são machistas?
As mulheres são um ser que se guia pela intuição, são contudo cautelosas, emotivas, gostam de romantismo e de ser surpreendidas, nomeadamente com oferendas. Refira-se que apesar de invariavelmente sublinharem que qualquer coisinha serve, isto falando de presentes é claro, não se fiem! Fica-lhes atravessado! Mais tarde ou mais cedo, levareis com o troco!
Além disso, têm um particular prazer em utilizar a sua pseudo-fragilidade para levar a água ao seu moinho. Manhosas quanto baste, fazem uso de todos os seus recursos para atingir fins e, amiudes vezes, ainda se fazem passar por vítimas.
Na opinião de alguns destes seres, mais radicais é certo, qualquer homem que fala o que pensa é automaticamente machista! Pouco interessa se tem razão ou não! O facto de pensar fundamenta o rótulo de machista! Depois existe o tradicional argumento da divisão de tarefas. Se o tipo não cozinha, é machista! Se não lava a roupa, é machista! Em alguns casos, o simples facto de existir é por si só suficiente para ser classificado de machista! E por ai fora… Todavia, se a criatura frágil e emotiva nem sequer sabe estrelar um ovo, não tem culpa que não lhe tenham ensinado tão complexa empreitada. Depois, se a tarefa envolver esforço físico, esqueçam! O poço de romantismo faz logo questão de lembrar que isso é coisa de homem! Ou seja, o machismo não mais é que um argumento para salvaguardar o costelado daquilo que não lhe interessa.
Por outro lado, as mulheres insistem em assumir-se como um ser multi-tarefa, ou em Espanhol “multi-task”, ou seja, dizem que conseguem realizar várias tarefas em simultâneo! Ou, calhando não! Por exemplo, enquanto fazem o jantar passam também a blusa a ferro e dão banho aos putos. Resultado típico é saírem à rua com uma marca do ferro na blusa, agarradas a uma sandocha, isto porque o jantar fica que nem uma lapa no fundo do tacho, e os putos normalmente voam pela janela juntamente com a água do banho!
É também bastante comum autodenominar-se de supermulheres, em que o argumento é que além de trabalhar, cuidam da casa, dos filhos, do marido e quando surge a oportunidade, também do vizinho do 2º esquerdo. Contudo, apesar de serem supermulheres, não voam! Isto é claro, excluindo alguns casos, não raros, em que uma simples vassoura as habilita para tal!
Depois, segundo alguns desses seres mais radicais, não existe igualdade de oportunidades no sector laboral. De facto, alguns sectores assim o demonstram, esse é, por exemplo, o caso da construção civil, da metalomecânica pesada e da pesca. Talvez seja melhor criar cotas nestes sectores de forma a garantir a igualdade de oportunidades! Além do mais, já pensaram na igualdade de oportunidades que existe quando um qualquer machista concorre, juntamente com uma jovem de minissaia e peito 36, a um posto de trabalho em que o júri é composto por homens! Pois é… o pobre do machista não tem habilitações para o cargo!
Já agora, o argumento recorrente de que as mulheres não têm igualdade de oportunidades no acesso a cargos de topo, esqueçam! Mulheres oiçam! A selecção para esses cargos, baseia-se numa criteriosa e apertada avaliação de competências, usualmente realizada recorrendo ao evoluído método de decisão “Quem tem o melhor padrinho”, não sendo por isso contabilizadas as unhas de gel ou os pelos no peito.
Assim, termino atrevendo-me a responder às questões que coloquei inicialmente: É de todo óbvio que ser machista, é todo o ser que além de ter miudezas não vive exclusivamente em prol das mulheres, tem o péssimo hábito de não oferecer prendas e pior, ousa pensar e ter convicções.

Entretanto, passou-se à fase em que os participantes na palestra tiveram a oportunidade de colocar algumas questões ao Professor Fuzil.

A primeira questão, colocada pela Dr.ª Miséria, líder da Associação das Mulheres que Acreditam no Pai Natal, foi a seguinte: “Na opinião do Professor, o que motiva os homens a perseguir mulheres com quem não tencionam casar?”.

[Professor Fuzil]    Muito provavelmente será o mesmo impulso que leva os cães a perseguir os carros que não tencionam conduzir...

A segunda questão: “Se o Professor fosse uma mulher vistosa, faria uso do seu aspecto físico para subir na vida?”. Questão colocada pela Dolores de Cotovelo, considerada a mulher mais ressabiada de toda a freguesia e arredores.

[Professor Fuzil]    Pois claro que sim! Se você correspondesse ao tipo de mulher descrita, que não é de todo o caso, e tivesse a oportunidade de angariar um marido abastado, facto pouco provável, não o faria?

Esta última resposta, remeteu para a utilização de cocktails molotov no sentido de dissuadir Dolores de Cotovelo de tomar de assalto o palanque, para, vá-la, espancar o orador, Professor Fuzil.

Acalmados os ânimos, foi colocada uma última questão, esta proferida pelo Sr.º Arnaldo Borracheira, fundador dos Machistas Anónimos: “Tomando por base as conclusões do Professor, pode-se depreender que o machismo não mais é que um mito. Assim sendo, julga que fará sentido a manutenção de um grupo como os Machistas Anónimos?”.


[Professor Fuzil]    Levando em consideração o profundo conhecimento que tenho sobre os membros que formam o grupo, julgo ser mais do que aconselhável a sua manutenção. No entanto, sugiro que a sua designação se aproxime mais da essência dos seus membros. Nesse sentido, uma denominação do género “Parvos Anónimos”, ou só “Os Parvos”, dado que toda gente vos conhece, será mais recomendável.