Luís Braz dos Camiões
Canto I - 1 Estância
As
damas e os varões cromados
Que
de avental e saia puritana
Por
bares nunca de antes frequentados
Passaram
ainda além da champanha,
Em
perigos e caminhos apertados
Mais
do que permitia a força humana,
E
entre gente remota boeram
Novo
treino, que tanto veneraram;
E
também as mixórdias custosas
Daqueles
copos que foram dilatando
A
Fé, o mistério, e as moças viçosas
Dos
aforros e da paga andaram gastando,
E
aqueles que por sobras gostosas
Se
vão da lei da sede libertando,
Calhando
os difamarei por toda a parte,
Se
a tanto me ajudar o desdenho e arte.
Cessem
o Gregório e o Lapadas
As
acções grandes que fizeram;
Cale-se
o Esponja e o bagaceiro
A
fama das histórias que fingiram;
Cá
o Marialva apalpa o ilustre peito Lusitano,
De
quem Baco e Nefija apontaram.
Cesse
tudo o que a Manhosa antiga canta,
Que
outro valor mais alto se alevanta.
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