segunda-feira, 31 de julho de 2017

Parvonix

Parvonix

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

PARVONIX®, 500 mg Supositórios



Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento
- Conserve este folheto. Pode ser necessário para acender o fogareiro.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu primo.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros mesmo que apresentem os mesmos sintomas, sempre que possível venda-o.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer outros efeitos não mencionados neste folheto, não seja lamechas, mantenha o máximo sigilo.

Neste folheto:
1. O que é Parvonix e para que é utilizado
2. Antes de tomar Parvonix.
3. Como tomar Parvonix
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Parvonix
6. Outras informações

1. O QUE É PARVONIX® E PARA QUE É UTILZADO
Grupo fármacoterapêutico: 11.1.6 Imbecilofármacos. Medicação anti-parvoíce.
O Parvonix é um estimulante mental, indicado em terapêuticas da palermice crónica e imbecilidade aguda de todo o tipo.

2. ANTES DE TOMAR PARVONIX®
Parvonix supositórios está contra-indicado nos seguintes casos: Hipersensibilidade à prudência. Suficiência ponderativa grave. Síndrome de inteligência.
Imprudências particulares de utilização
A administração de Parvonix deve ser feita sem precaução e sem vigilância clínica. A administração concomitante com tranquilizantes, hipnóticos, analgésicos e anestésicos, apenas resulta ligeiramente tóxica.
Utilização em caso de gravidez e aleitamento
Se o parvonix for prescrito a uma mulher em idade fértil, esta deve ser avisada para contactar o seu médico no sentido de descontinuar a terapêutica se tiver a intenção de engravidar ou se após a leitura da revista Maria suspeitar que está grávida.
Efeitos na capacidade de condução e utilização de máquinas
Promove sedação, amnésia, dificuldades da concentração, perdas de visão e alteração da função muscular, factos que em nada afectam a capacidade de conduzir ou de utilizar máquinas.
Excipientes cuja presença seja necessário conhecer
O Parvonix contêm etanol, se foi informado pelo seu taberneiro que tem intolerância a alguns vinhos, contacte-o antes de tomar este medicamento.

3. COMO TOMAR PARVONIX®
Posologia e modo de administração
Evitar o médico e praticar auto-prescrição. Em média, aconselha-se a seguinte posologia: 3 a 4 mega supositórios por dia. No caso de o paciente aferir o tamanho do supositório, poderá na administração ser necessário força bruta.
O tratamento apenas deverá terminar aquando da ausência de qualquer indício de parvoíce. Tipicamente o tratamento é longo e apenas resulta eficaz após o finar do paciente.
Sobredosagem
No tratamento destas situações deve ter-se em conta que múltiplos fármacos podem ter sido ingeridos. No caso da introdução acidental, por exemplo devido a repetidas quedas à rectaguarda sobre a embalagem, os sinais de sobredosagem manifestam-se por confusão mental, podendo evoluir até uma situação de sensatez temporária, dependendo da quantidade introduzida.
O doente deve ser imediatamente transportado a uma unidade hospitalar para tratamento adequado: lavagem cerebral.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS
O Parvonix tem o potencial de aumentar a acção clínica dos destilados e dos narcóticos fumáveis, sendo a sua associação feita e controlada segundo critérios previamente estabelecidos pelo próprio. Estes fenómenos ocorrem predominantemente no início da terapêutica e em geral nunca desaparecem com a continuação do tratamento. São mais comuns na adolescência e no caso de imbecis encartados.
O uso, mesmo em doses terapêuticas, pode conduzir ao desenvolvimento de dependência física: a interrupção da terapêutica pode dar origem à síndrome de abstinência ou ao fenómeno de rebound, ou seja, retorno e aumento exponencial da palermice.
Informe o seu cangalheiro no caso de quaisquer efeitos indesejáveis não mencionados neste folheto

5. COMO CONSERVAR PARVONIX®
Conservar a temperatura negativa de menos 50ºC, ao alcance e vista das crianças. Pode ser utilizado após o prazo de validade, apenas para diversão. Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Procure a melhor forma de ganhar algum com a sua venda.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES
A substância activa é a Imbecilolix. Um supositório contém 500 mg de Imbecilolix. Os outros componentes são o etanol, a creolina e a aguarás.
Parvonix apresenta-se na forma farmacêutica de supositórios, acondicionados em tubos de PVC de 60 mm, em embalagens de 20 ou 40 unidades.

Titular da Autorização de Fabrico e de Introdução no Mercado:
Supositórios Vicente SA
Rua da Indústria,
Zona não há quem os aguente
0000-000 Entalados


Este folheto foi aprovado pela última vez em 31 de Fevereiro de 1912.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Tenham caridade

Tenham caridade

Caríssimas e baratíssimos leitores, decidi participar no concurso Blog do Ano. Inicialmente, era para ser às eleições Autárquicas. O instituto seria promover o emprego, nomeadamente ao nível da função pública. Todavia, como a família é reduzida e os amigos, como será de prever, são ainda mais escassos, acaba por não se justificar esse acto patriótico.
No que respeita ao concurso Blog do Ano, dado o completo despropósito do conteúdo do Calhando era de evitar, o objectivo da candidatura é, va-lá, fustigar o júri com escrita absurda e parva. Neste contexto, pedia-vos que acedam ao referido pasquim e se tornem seguidores (botão em baixo do lado direito). Sei que seria menos doloroso dar com um martelo de orelhas num pé, ainda assim, como é um dos critérios de avaliação, se puderem façam-no, mesmo que seja por caridade!

Obrigado!

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Tantas mulheres pelo mundo...

Tantas mulheres pelo mundo...

Hoje, revela-se aqui um verdadeiro hino ao amor. A balada de que se fala, atira para a mais pura das insignificâncias, essas tretas cantadas por criaturas tipo, James Blunt, Roberto Carlos, Júlio Iglésias, Billy Idol, Onda Choc, etc. Qual, You're beautiful, O calhambeque ou My love is your love, qual quê! O mais penetrante romantismo de que vos falo está escarrapachado no tema intitulado: Tantas mulheres pelo mundo, parte integrante da, não menos que, fantástica cassete intitulada, conjuntos típicos. Infelizmente, os artistas que imortalizaram este tema são até hoje mantidos no anonimato, dado o elevado risco de perseguição por parte da legião estrangeira de fans, nomeadamente a de guerra.
Na interpretação desta obra-prima, além do trovador, surge volta e meia um indivíduo que arremessa umas larachas que, para além de construtivas, são altamente encorajadoras. Exemplos disso são afirmações do calibre: “E agora vais aturá-la!” ou “Tivesse-la matado homem!”.
No que diz respeito à restante letra, esta não se centra nas triviais e habituais lamechices, antes pelo contrário, apoia-se em temas fracturantes como o vinho, a terapêutica da pancada e a rojoada. Além disso, junta ainda alguma paródia, como por exemplo, no excerto em que com a administração de uma pancada o coração se apaga, mas depois, afinal era só a fingir! Muito bom mesmo!
Antes de passar ao justo registo imortalizador da letra é, de todo, inevitável não tecer algumas considerações acerca do refrão: “Tantas mulheres pelo mundo e o inferno sem ninguém, se morressem parte delas davam as almas um vintém!”. Simplesmente soberbo! Reparem, numa singela frase, consegue juntar mulheres, o mundo terreno, o purgatório, a insignificância da existência humana e, ainda, economia.
Numa primeira e, talvez, também em segunda e terceira análise, o refrão possa parecer absurdo e, vá lá, machista! Mas não, através de uma análise mais cuidada, podemos concluir o objectivo é retratar o santo matrimónio! Ou seja, a primeira parte alude para a necessidade de escolher uma mulher entre muitas, ou seja, monogamia. Depois, refere-se à herdade do mafarrico para mostrar o que espera ao homem depois de consumada a boda. Finalmente o trecho “se morressem parte delas…”, pois é, a questão é que o homem normalmente bate-a-bota primeiro, depois de uma vida passada com tostões no bolso!
Posto isto, avancemos, sem medos, para a degustação da inspiradora letra de Tantas mulheres pelo mundo.

Sentadinho à lareira,
com uma grande borracheira,
dizia para mim sozinho:
Isso é o costume!
Vou deixar a minha mulher,
isso mesmo é o que ela quer,
vou deixar de beber vinho!
Não deixes!
Lá andei a sair de casa,
tontinho como estava,
sem saber o que dizia.
Isso era vinho!
Ofereci-lhe pancada,
berrava em altos gritos,
mas a mulher não saía!

Tantas mulheres pelo mundo e o inferno sem ninguém, se morressem parte delas davam as almas um vintém!

Tinha as panelas ao lume,
a cozer rojoada,
devia ser com certeza!
É gulosa!
Eu ia para rapar tudo,
mas ela deitou-me a luva,
saiu-me bastante tesa!
Que vergonha!
Ia a pegar na vassoura,
para me defender dela,
senão estava engolido!
Ai estavas, estavas!
Ao dar um jeito caí,
ela por cima de mim,
estava tudo perdido!

Tantas mulheres pelo mundo e o inferno sem ninguém, se morressem parte delas davam as almas um vintém!

E estava a ver a maneira,
como havia de sair debaixo do poleirão,
Isso era fácil!
dei-lhe uma forte pancada,
que ficou atrapalhada,
e parou-lhe o coração.
Lindo serviço!
Pus-me a dar a dar,
a ver se ele pegava,
e cheio de compaixão.
Isso era manha!
De repente abriu os olhos,
e então num sorriso… olá brincalhão!
Eu não te dizia que isso era manha, estás a ver!
Pois era pá!
E agora vais aturá-la!
Que remédio!
Tivesse-la matado homem!
Isso é que eu fazia bem!

Tantas mulheres pelo mundo e o inferno sem ninguém, se morressem parte delas davam as almas um vintém!

E pronto, ide lá em paz limpar as lágrimas, afinal o amor é lindo!

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Patada hídrica

Patada hídrica

Um destes dias, a seguir ao terço, escutei na telefonia uma entrevista dada pelo Dr. Rasteiro Pedal, presidente do Grupo Ecologista os Verde Tinto, à Rádio Latrina. A dita conversa, por sinal muito jeitosa, centrou-se no consumo de água em Portugal.
Ao que parece, cada português consome em média 52 metros cúbicos de água por ano. Todavia, se considerarmos o indicador que expressa o consumo de água envolvido na produção dos bens e serviços que consumimos, designado pegada hídrica, a cada português são atribuídos 2260 metros cúbicos de água por ano, ou seja, aproximadamente 6192 litros por dia! Importa também referir que esta mesma pegada, associada à produção de ração para um cão de médio porte, equivale à quantidade de água despendida na produção de um SUV (Sport Utility Vehicle). Ou seja, para sustentar o binómio homem – cão, é preciso uma carrada de água e um veículo utilitário desportivo!
Na origem de tão descomunal consumo parece estar que, por exemplo, para produzir um quilograma de carne de vaca sejam necessários 15500 litros, para umas calças de ganga 6000 litros, para um quilograma de açúcar 1500 litros, para uma camisola 2900 litros e 110 litros no caso de um copo de vinho. Curiosamente para fazer 1 litro de água, apenas são necessários 1000 ml da mesma!
Se levarmos em linha de conta o preço do quilo da carne de vaca e que o ordenado na maioria dos casos, não permite comprar vestuário por atacado, ficam logo descartados uma porrada de litros de água por dia! Assim, num caso mais modesto, se por exemplo for consumida uma galinha por dia que, comparativamente com a vaca, deve sair ai por uns 500 litros de água, mais uns 1000 litros para umas batatitas e 200 litros para um par de torradas, o consumo per capita situa-se nos 1700 litros, ou seja, apresenta uma folga de 4492 litros, relativamente ao valor médio de 6192 litros por dia. Esta folga, ainda que seja superiormente utilizada no consumo de vinho, jamais poderá justificar o real consumo de água.
No que respeita ao vinho, cabe aqui fazer um parêntesis. O consumo de vinho per capita é da ordem dos 42 litros anuais, ocupando assim Portugal uma honrosa sexta posição a nível mundial. Note-se que a malta do Vaticano, que ocupa a primeira posição, despacha em média mais 10 litros que os Tugas! Mas bom, se considerarmos que um copo leva 0.33 cl, para fazer 1 litro de vinho precisamos de aproximadamente de 330 litros de água. Ora, se a população for de 11 milhões e o consumo médio de 42 litros de vinho por ano, em água corresponderá a 13860 litros, ou seja, 38 litros por dia. Notar que esses 38 litros apenas correspondem a 0.61% do total da pegada hídrica de cada Tuga! Resumindo, pode afirmar-se de forma categórica que o consumo de vinho em pouco ou nada contribui para a avultada pegada hídrica.
Onde será então consumida a restante água? Segundo dados do PNUEA (não faço a mínima ideia do que significa a sigla), o consumo de água em Portugal divide-se pelos três sectores pré-identificados da seguinte forma: sector agrícola (87%), sector industrial (8%) e sector urbano (5%). Ou seja, o grande responsável pelo descalabro no consumo de água é a agricultura!
Neste contexto, resulta claro que medidas urgentes no sector agrícola são indispensáveis para controlar o consumo de água. Além disso, são igualmente úteis outros gestos básicos como sejam, por exemplo, trocar o cão SUV por um papa-reformas, consumir bebidas destiladas sem diluição ou tomar banho apenas trimestralmente, isto caso o aroma o justifique.
Em particular, no sector agrícola, deverá cessar imediatamente todo e qualquer tipo de cultura, seja ela de cultivo ou de nascimento espontâneo. Além disso, deverá ser concedida absoluta permissão para a arte de aplicar fogachadas em todas as espécies da fauna, incluindo gambozinos. Estarão agora a pensar… mas isso não será uma utopia? Afinal, assim não restaria nada para comer! Descansem, não só é possível, como já se encontra em marcha um projecto-piloto nesse sentido, tal como noticiado no Correio da manhã em 5/06/2017.

Casal com dois filhos come apenas três vezes por semana
 
Camila e o marido dizem alimentar-se pela "energia do universo". Casal diz não sentir fome. Um casal que vive entre a Califórnia e o Equador come apenas três vezes por semana e diz ser alimentado pela "energia que existe no universo". Akahi Ricardo, de 36 anos, e Camila Castello, de 34, têm dois filhos e afirmam que sobrevivem a comer caldo de vegetais ou uma fruta três vezes por semana. O casal diz ter esquecido a fome. "Os seres humanos podem facilmente estar sem comida, desde que estejam conectados à energia que existe em todas as coisas e através da respiração", afirma Camila ao Daily Mail.
A mulher diz sentir-se mais saudável e mais feliz. O casal dá cursos de como viver sem comer e com a energia do universo. "Os nossos custos de vida são menores e isso permitiu que gastássemos o nosso dinheiro em coisas que realmente importam como viajar", afirmou Akahi Ricardo. Camila e o marido conheceram-se em 2005 e casaram três anos depois. Foi na América do Sul, em 2008, que descobriram esta nova forma de sobreviver. Eram vegetarianos e mudaram a dieta para a ingestão de frutas, apenas. Depois estiveram vários dias a consumir apenas "ar" e água em pouca quantidade. Agora, Camila refere que come porque tem de comer, não porque está com fome. "Não me lembro dessa sensação", conta.

Lá está, “Casal com dois filhos come apenas três vezes por semana… alimentados pela energia do universo… esquecer a fome… dar cursos de como viver sem comer… consumir apenas ar e água em pouca quantidade…”. Estes tipos são no mínimo uns visionários… Ora vejam! Além de comerem só três vezes por semana, a sua dieta baseia-se em energia, ar e muito pouca água. Mais, esquecem a fome e ainda ensinam como fazê-lo!

Estes iluminados além de espalhar o horror no seio da indústria dos produtos milagrosos para dietas, provavelmente serão agraciados com um par de semanas de férias clinicas. Calhando... em vez de visionários, são só parvos!