Podia ser pior…
Desenganem-se
os mais sépticos, que não acreditam no juízo final e consequentemente, na
ressurreição dos mortos.
“Juízo Final- julgamento final e
eterno feito por Deus sobre todas as nações, incluindo a Benfiquista. Este
momento terá lugar depois da ressurreição dos mortos e da Segunda vinda de
Cristo
(Apocalipse 20:12-15)”.
Em
relação ao julgamento das nações, o processo está, para já, embargado. Ao que
parece, umas escutas quase ilegais, caixas de robalos sem robalos, e-mails não-sei-quê e outras geringonças
do género, estão a emperrar a coisa numa pequena província de Espanha.
No
que toca à segunda vinda de Cristo, a coisa já está alinhavada, faltando só
encontrar um espaçoso T3, daqueles com 70 m2 e vistas desafogadas
para as marquises dos prédios ao lado. A questão só ainda não está resolvida
devido a uma disputa imobiliária com uma acordeonista, uma tal de Madona.
Relativamente
à ressurreição dos mortos, o processo foi iniciado, encontrando-se em fase de
testes no Camboja. A metodologia utilizada para reanimar finados precisa, contudo, de
algumas afinações, nomeadamente ao nível do funcionamento. Prova disso mesmo, é
a seguinte notícia publicada num jornal nacional de referência. Ou então não!
A
ex-viúva garante que o comportamento do bezerro é exactamente igual ao do
ex-finado marido. À partida, tal semelhança de conduta parece em nada abonar a
favor do falecido. Contudo, fazendo uma análise mais aprofundada do binómio
falecido-bezerro, provavelmente, concluir-se-á que quem sai verdadeiramente lesado
com tal comparação é o bezerro! Senão vejamos.
Para
começar, o falecido, de sua graça Sabino Maria, foi parar ao Camboja depois de entrar
à socapa num navio porta-contentores, convencido que era o cacilheiro para a
Trafaria. Apesar de estranhar o tempo de viagem e o destino, o seu sentido de
orientação, situado ao nível do exibido pelo Cristóvão Colombo, aliado à sua
infindável imbecilidade, permitiu ao Sabino concluir que estava no entreposto
chinês de Vila do Conde. Por outro lado, tal paralelismo entre comportamentos
acaba também por enxovalhar o bezerro, na medida em que o Sabino era um ser tão,
vá-la, inútil, que nem para bifes prestava. Já o bezerro…
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